
O presidente da APAF destacou a “rapidez da justiça portuguesa” na conclusão do processo e desvalorizou o facto de cinco árbitros terem sido considerados como culpados pelo Tribunal de Gondomar. “Cinco no universo de 3.800 árbitros em Portugal não tem qualquer significado estatístico”, sustentou o antigo juiz. António Sérgio defendeu ainda que os árbitros “têm que ter um peso importante na eleição dos seus dirigentes” e lembrou que a responsabilidade dos agentes desportivos “aumentou” com o aparecimento do Apito Dourado. “Os dirigentes condenados teriam um acto de bom senso se pedissem a suspensão dos seus respectivos cargos”, acrescentou.
O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, e o presidente da Liga de Clubes, Hermínio Loureiro, recusaram comentar as sentenças do processo, hoje conhecidas. Contactados pela Agência Lusa, Laurentino Dias e Hermínio Loureiro não se mostraram disponíveis para falar sobre a conclusão do processo, enquanto o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madail, esteve incontactável. Valentim Loureiro foi condenado a três anos e dois meses de prisão, com pena suspensa por igual período, por abuso de poder e prevaricação, bem como perda de mandato na presidência da Câmara de Gondomar. O abuso de poder foi penalizado com dois meses por cada um dos crimes, sendo a pena de seis meses relacionada com o crime de prevaricação, pelo qual, de acordo com o tribunal, pode perder o mandato. Essa perda de mandato torna-se definitiva quando e se o acórdão transitar em julgado. Em reacção a esta condenação específica, Valentim Loureiro assegurou que irá candidatar-se novamente à presidência da autarquia Gondomarense na certeza de que irá ganhar. O major foi condenado por prevaricação pela adjudicação considerada ilegal, à empresa Globaldesign, da feitura de um boletim informativo do programa “Urban II” para o desenvolvimento sustentado da Triana, Areosa, Rio Tinto. O vice-presidente da autarquia gondomarense e presidente do Gondomar à data dos factos, José Luís Oliveira, foi condenado a três anos de cadeia, pena suspensa, por 25 crimes de abuso de poder e 10 crimes de corrupção desportiva activa. Já Pinto de Sousa, antigo presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, foi condenado em cúmulo jurídico a dois anos e três meses, pena suspensa por igual período, por 25 crimes de abuso de poder.Etiquetas: Noticias
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